Isto é Dinheiro – Custo-benefício da banda larga é ruim, dizem consumidores

Serviço das operadoras de internet foi o pior avaliado entre 35 segmentos pesquisados

JOÃO VARELLA

Um estudo da consultoria CVA Solutions, finalizado em abril, constatou que os setores de internet banda larga e tevê por assinatura estão entre os piores avaliados na relação custo-benefício, do ponto de vista dos consumidores, entre 35 categorias pesquisadas. O levantamento revela que os principais problemas das empresas desse segmento estão relacionados com a infraestrutura e o atendimento ao cliente.

Para Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions, subsidiária da norte-americana CVM Inc., as classes C e D estão em ascensão e podem demandar ainda mais o serviço, o que exige investimentos das empresas. “Se nada for feito a curto prazo, os problemas de qualidade tendem a piorar”, diz.

Para avaliar o serviço de banda larga fixa e móvel, 5.485 consumidores foram ouvidos. Em síntese, os clientes avaliam que o serviço é caro, lento, com conexão ruim e má qualidade de atendimento. De 1 a 10, a banda larga teve nota 6,32, a mais baixa entre as 35 categorias estudadas. O resultado fica abaixo dos planos de saúde, que tiveram nota 6,54.

As três principais razões para a escolha da marca de banda larga são “qualidade de conexão”, “preço das tarifas da operadora” e “oferta/promoção especial”.

Tevê por assinatura

Alguns décimos acima do setor de saúde privada estão as empresas de tevê por assinatura, com nota 6,61. Foram ouvidos 3.780 consumidores desse serviço. “Pudemos verificar que aqueles consumidores que só têm o serviço contratado de televisão estão mais felizes que aqueles que possuem os chamados combos, planos com tevê, internet e telefone”, afirma.

De acordo com Cimatti, isso ocorre porque as operadoras que comercializam combos apresentam mais gargalos de infraestrutura que as demais. Os principais fatores de escolha do serviço de tevê por assinatura são “opções de canais”, “preço das tarifas” e “oferta/promoção
especial”.

Mais de 72% dos entrevistados disseram que gostariam de mudar de operadora.